quarta-feira, 27 de maio de 2015

Rubel - Quando Bate Aquela Saudade




            Tudo em nossa vida, como nas Estações do Ano, tem seus ciclos! E cada um que começa terá certamente o seu tempo e seu fim. E aí vem a saudade. Das pessoas, dos lugares, dos aromas, dos sons e a até mesmo do silêncio! E todas essas vivências nos convidam a dimensionar centenas e centenas de histórias para nós mesmos, que podem, de um certo modo, nos causar tristezas, ansiedades, já que muitas vezes estamos impedidos de estar em alguns lugares ou na presença de alguém que gostaríamos de conviver.
             Por outro lado, esse sentimento também pode nos levar a criarmos novas alternativas para lidarmos com a ausência, que, na maioria das vezes é provisória. É ele que inspira a maioria dos grandes artistas, músicos e escritores de todo o mundo e de todas as épocas a transformarem o papel e a tela em branco em obras maravilhosas que nos transportam, mesmo sem sairmos da nossa "bolha"!
             Então como usarmos o sentimento da saudade em nosso favor? Basta pensarmos que a saudade é "... o amor que fica"...! É a sensação boa de sentirmos o calor dos raios do sol através da janela, mesmo quando a tempestade bate à nossa porta. É a capacidade de percebermos todos os aromas, mesmo quando o vento insiste em dissipá-los! É poder sentirmos a presença de quem amamos, mesmo estando constantemente sozinhos! Dessa forma, a saudade vai diminuindo gradativamente, até que possamos lidar com a ausência das coisas e das pessoas com quem gostaríamos de estar sempre próximos.


  

domingo, 17 de maio de 2015

Compromisso emocional: o vínculo que cega

     Todos nós sentimos amor, amizade, desprezo e até ódio por algumas pessoas em nossas vidas. Esses sentimentos tendem a comprometer nossa objetividade. Não queremos pensar mal das pessoas que amamos, e não queremos ver nada de bom naquelas que odiamos. Para complicar ainda mais a questão, não gostamos de mudanças. Por segurança e conveniência, temos um compromisso emocional - conosco - de manter as coisas exatamente como estão. A mesma corrente subterrânea que nos leva na direção do status quo também deturpa nossa objetividade quando estamos decidindo se devemos mudar.
      Pode ser muito difícil manter a objetividade quando se está emocionalmente comprometido com o resultado específico. Quanto maior o compromisso emocional, maior a tendência a se comportar irracionalmente. É por isso que os conselheiros normalmente são contra a intimidade sexual até que o respeito mútuo, a confiança e a amizade estejam bem estabelecidas. Uma vez que o ingrediente poderoso e prazeroso do sexo tenha sido acrescentado a um relacionamento, tenderemos a desconsiderar até mesmo os defeitos básicos até que a paixão diminua. E aí poderemos estar bem adiantados no caminho de um desastre emocional. 
       Nem sempre é possível evitar decisões quando se está emocionalmente vulnerável, mas, consciente das armadilhas, pode-se desviar de muitas delas. Para começar, tente evitar as situações em que se sinta pressionado na direção de uma resposta específica. Nessas circunstâncias, você perderá a objetividade. E como resultado, tomará uma decisão ruim, e depois relutará em reconhecer seu erro, mesmo que ele se torne óbvio. Se entrevistar a filha de um amigo para um emprego, você poderá deixar de lado as deficiências fundamentais dela, porque não quer dizer ao seu amigo que a filha dele não está à altura. Se contratar o vizinho como seu contador, ou o companheiro de golfe como seu advogado, você tenderá a subestimar coisas que não aceitaria se não fosse a amizade. Sempre que os seus mundos colidem, você traz os compromissos emocionais de uma situação para a outra.  Se misturar negócios com prazer, o resultado pode ser bom, mas o mais provável é que seu desejo de que todos sejam felizes e de evitar o confronto faça com que você enxergue as pessoas equivocadamente.
      Outro modo comum pelo qual criamos compromisso emocional é reconhecido numa típica instrução de júri: ao iniciar suas deliberações, os jurados são instruídos a não expressar os sentimentos sobre o caso, até que tenham discutido. Quando as pessoas se comprometem publicamente com um ponto de vista específico, elas relutam em mudá-lo. Orgulho, teimosia ou medo de admitir que nos enganamos entram no meio do caminho. Se sua meta é ser objetivo ao avaliar as outras pessoas, não se precipite anunciando a seus amigos, familiares ou colegas de trabalho os sentimentos que tem em relação a alguém, antes de ter tido tempo para reunir a informação pertinente e pensar cuidadosamente sobre ela.
      Se você precisar avaliar alguém com quem está emocionalmente comprometido, pelo menos esteja consciente de que sua objetividade provavelmente será menor. (.......). Dê a você mesmo um pouco mais de tempo e de esforço antes de chegar a alguma conclusão definitiva. Pense se um amigo respeitado e em quem você confia poderia lhe trazer uma nova perspectiva. Faça o papel de advogado do diabo, perguntando a si mesmo como você veria a pessoa se não estivesse  tão envolvido na situação. Mesmo que não consiga eliminar a influência de seu compromisso emocional, você poderá minimizá-la usando uma ou mais destas técnicas.


Extraído do livro Decifrar Pessoas de Jo-Ellan Dimitius - Mark Mazzarella.
         

terça-feira, 12 de maio de 2015

Podemos curtir os Sessenta sem Medos e com muita Paixão!


Entre 20 e 35 anos de idade, pensamos que a vida tem mais sentido nessa fase, devido ao excesso de vitalidade, de beleza, de otimismo e de oportunidades! Acreditamos em tantas possibilidades futuras que, até nos esquecemos de perceber a vida como ela se nos apresenta, deixando passar centenas de situações proveitosas e interessantes... Então bate um grande arrependimento e, acreditamos que, dificilmente teremos novas chances de sermos felizes. Ledo engano!

Em cada fase de nossas vidas sempre haverá um novo olhar, uma nova intensão e um novo jeito de buscarmos outras e, muitas vezes, até mais interessantes formas de realizações.  

O que buscamos em cada fase de nossas vidas é, sem dúvida,  a maneira mais fácil e mais rápida para podermos usufruir da felicidade. E como a felicidade é atemporal, podemos encontrá-la em qualquer década de nossas vidas, basta que estejamos atentos aos inúmeros significantes e significados.

Tudo vai depender do que estamos buscando. Alguns de nós buscamos os bens materiais, outros o reconhecimento, outros o poder, a paixão, a realização profissional, uma família, ou a si mesmo!

Normalmente, ao chegarmos aos 60 anos de idade, já deveríamos ter realizado grande parte desses desejos, mas não necessariamente todos, nem nessa ordem. Muitos de nós já tivemos conquistas profissionais, grandes amores, fiéis amigos, uma bela família, uma boa posição social, já visitamos muitos lugares maravilhosos por aí afora, no entanto não significa que perdemos o poder da busca! Essa deve ser uma constante em nossas vidas, principalmente a do verdadeiro amor, de mais uma nova paixão, mesmo que seja passageira, já que tudo é finito. Aquele amor que nos dá e nos tira o fôlego, a paciência, a disciplina, a coerência, a inflexibilidade. Que nos faz perdermos o medo de nos arriscar para não parecermos ridículos. Que nos impulsiona a irmos mais adiante, já que estamos apenas no meio do caminho. E por quê não querermos voltar a fazer coisas que anteriormente sempre nos davam prazer, como por exemplo, escrever aleatoriamente, tocar um instrumento, cantar, dançar,  pintar, conhecer novas pessoas, ou provocar reencontros com pessoas que marcaram de alguma forma nossas vidas?

Para sermos mais felizes nessa fase da vida, não precisamos exigir tanto de nós, nem dos outros. Basta nos permitirmos mais e nos deixar levar pelo sentimento de que tudo é possível  e tentarmos tirar proveito de todos os pequenos gestos, (que não são poucos...), das carícias, dos abraços, beijos, etc., já que todas essas sensações não morrem com a idade, apenas adormecem!