quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Nem sempre podemos eternizar uma grande amizade...

Já dizia Milton Nascimento, nosso grande compositor e dono de uma das mais belas vozes do cancioneiro brasileiro, " amigo é coisa pra se guardar debaixo de sete chaves ..."

Mas quem já não passou pelo  grande desafio de ter que abrir mão de uma grande amizade devido algumas situações embaraçosas em que o amigo já nos pregou.

Eu me considero uma pessoa leal, consequentemente sou muito exigente comigo e com as pessoas por quem tenho muita amizade.

Não costumo perdoar uma traição, principalmente vindo de uma pessoa amiga. Pois perdoar é esquecer as mágoas.
Não é fazer de conta que tudo não passou de um mal entendido, uma vez que você entendeu bem o comportamento da outra pessoa.
                               
Quando vem a decepção, com ela vem a confusão desse sentimento, que às vezes confundo com injustiça, com falta de gratidão, falta de lealdade, falta de comprometimento, etc.

Diante da frustração vem a minha dificuldade de lidar com a convivência, uma vez que já construo um muro intransponível entre mim e a pessoa.
Cada dia que passa, mais me distancio dela.
Não se  trata de uma distância física, mas emocional.
Daí, muitas vezes a pessoa não percebe que a minha amizade já não está disponível para ela, e continua insistindo em pleitear por um sentimento que já foi destruído...

Ainda bem que a maioria das pessoas são diferentes de mim. 
Se comportam e reagem de maneira diferente diante de uma traição. Não valorizam tanto os fatos, que para a maioria parecem banais, sem a menor importância e que, para mim, são de enorme dimensão, capazes de causar vários estragos no meu ser e na maneira de  eu passar a ver a outra pessoa a partir de então.
E como é horrível a sensação de perder um  grande amigo, é mais difícil que a de perder um grande amor.