quarta-feira, 29 de julho de 2015

"... Sonha, Alice..."

     


           Ontem, recebi, através de meu e-mail, essa pérola (título) de alguém que, pela a ironia do contexto, há muito perdeu sua capacidade de sonhar e de acreditar em seus sonhos!
            Eu, felizmente, sempre acreditei nos meus, pois foi através deles que eu perdi o medo de me arriscar e de me transportar para um mundo de muitas possibilidades e assim,  promover inúmeras transformações em minha vida e na das pessoas que eu amava e admirava!
            Em 1973, quando ingressei pela primeira vez em uma Universidade, durante uma aula de Filosofia, do Primeiro Semestre de Letras, o professor, que era padre, daqueles bem irônico, que se sentia bem acima de todos nós alunos, levantou uma questão a respeito do ... " Querer nem sempre é Poder"... E durante a discussão ele ponderou sobre a impossibilidade de um jovem da periferia de Fortaleza querer ter acesso à Universidade, tendo em vista à sua realidade financeira como, ( meios de transporte, material didático ), capacidade cognitiva, etc e etc...).  Como toda "chata" que se preza, levantei a mão e lhe contestei: Professor, sou uma desses jovens que mora na periferia, tomo dois ônibus para chegar até aqui, e  nunca deixei de estudar por falta de material didático. E, nas mesmas condições que eu, nesta sala tem vários outros jovens de várias periferias que ingressaram nesta Universidade!
O irônico professor me olhou pasmo, e nem preciso lhes dizer que quase me reprovou, durante aquele semestre!
              Mas voltando ao título: "Sonha Alice", gostaria de enfatizar que não permitam a nenhum "babaca" interferir no tamanho dos seus sonhos, como queria fazer o infeliz daquele meu professor de Filosofia, pois mesmo morando, naquela época, na periferia da cidade, nada me impossibilitou de me deslocar dali e de conhecer grande parte do mundo, lindos lugares, cidades maravilhosas e de ter tido a felicidade de interagir com várias pessoas simples e inteligentes,  de todos os cleros e línguas estrangeiras e com elas ter aprendido e falado algumas.
             Foi acreditando nos meus sonhos que também me radiquei em Brasília, em 1979, que me recebeu de braços abertos, que me proporcionou mais liberdade e os meios de sobrevivência material e espiritual, onde vivi várias paixões, conheci o amor da minha vida, me casei e desse casamento nasceu minha linda e inteligente filha Paula, o meu maior sonho de vida e a minha melhor obra de arte, até hoje!  Por isso e por mais outros motivos insisto e persisto que:  Alice Deve Continuar Sonhando!!!